O poder da comunicação na liderança: a grande lição da viagem de Shackleton

A jornada de Ernest Shackleton no Endurance não é apenas uma história de aventura na Antártida; é também uma aula prática sobre como a comunicação pode manter uma equipe unida, motivada e emocionalmente forte mesmo quando tudo parece perdido.

Sua liderança virou referência mundial justamente porque ele transformou palavras em âncora, direção e coragem.

Quando Shackleton percebeu que o navio estava definitivamente perdido, ele chamou a tripulação e comunicou a situação com clareza, sem criar pânico. Ele não prometeu milagres, mas garantiu que todos fariam o possível para sobreviver.

O tom de voz calmo, a postura firme e a honestidade foram essenciais para manter o emocional da equipe sob controle.

A comunicação dele funcionava como bússola emocional: orientava, acalmava, explicava e dava sentido ao caos. Em vez de esconder a realidade, ele transformava cada conversa em uma oportunidade de fortalecer a confiança.

O poder da comunicação na liderança: a grande lição da viagem de Shackleton

A linguagem corporal que sustentava a moral da equipe

Os homens viviam em um cenário de frio extremo, pouca comida e incerteza constante. Nesse contexto, palavras sozinhas não resolveriam tudo.

Shackleton sabia disso e usava sua presença física como parte da comunicação. Ele andava entre os homens, mantinha contato visual, evitava demonstrar medo e estava sempre disponível para conversar. Sua expressão serena comunicava que a situação era séria, mas controlável.

Ele entendia que a equipe observava cada detalhe: um olhar tenso poderia provocar desespero, enquanto uma postura confiante gerava estabilidade. Esse domínio da linguagem corporal era estratégico e intencional.

Conversas individuais que evitavam conflitos e mantinham o grupo unido

Shackleton nunca tratava a tripulação como um bloco único. Ele conversava individualmente com cada um, entendendo temperamentos, insatisfações e tensões ocultas.

Ele sabia que pequenos conflitos, num ambiente tão hostil, poderiam crescer e colocar a sobrevivência em risco. Por isso, suas conversas privadas eram pontuais e objetivas.

Muita gente só obedecia porque sentia que tinha sido escutada. A comunicação personalizada criava vínculo, diminuía ressentimentos e aumentava a sensação de pertencimento. Mesmo quando precisava repreender alguém, Shackleton fazia isso com respeito e firmeza, sem humilhar ou expor.

Humor e histórias como ferramentas para reduzir o desespero

Durante meses sobre o gelo, a monotonia, o frio e a falta de perspectiva poderiam destruir o psicológico do grupo.

Shackleton entendia que liderar não é apenas tomar decisões difíceis; é também administrar emoções. Ele usava humor na dose certa, contava histórias, incentivava brincadeiras e organizava atividades simples para distrair a mente dos homens.

Essa comunicação leve criava respiros emocionais. Não era fuga da realidade, mas uma estratégia para impedir que o desânimo tomasse conta. Ao alternar conversas sérias com momentos descontraídos, ele mantinha o grupo energizado e psicologicamente saudável.

Mensagens curtas e diretas para criar foco e evitar confusão

Em situações extremas, instruções longas podem gerar dúvida e aumentar riscos.

Shackleton comunicava decisões de forma clara, objetiva e repetida quantas vezes fosse necessário. Suas ordens tinham uma característica marcante: eram simples, possíveis e alinhadas à capacidade da equipe.

Ele nunca criava expectativas irreais, jamais dramatizava e não permitia interpretações duplas. Esse tipo de comunicação direta diminuía erros e reforçava a disciplina, essencial para sobreviver em condições tão adversas. Quanto mais claro ele comunicava, mais eficiente a equipe se tornava na execução.

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Autor

  • Léo Lucas é jornalista (MTB) pós-graduado, radialista (DRT), com especialização em comunicação & semiótica, oratória e também cerimonial público pela ALESP.

     

    Também é bacharel em Administração de empresas (USCS) e atua como palestrante, locutor, consultor de eventos, mediador de painéis e debates, além de ter no currículo passagens como editor chefe e repórter em grandes veículos de comunicação como: SKY Sports+, TV TEM - afiliada rede Rede Globo, TV Cultura, Portal Terra, entre outras emissoras de rádio e TV.

     

    Produziu reportagens em quase 30 países. Cobriu três Copas do Mundo, esteve nas Olimpíadas de Londres e nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, onde foi announcer oficial pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).

     

    Soma-se ao currículo a docência no módulo de locução profissional no SENAC e a Direção na UCE (Unidade de Cerimonial e Eventos) na prefeitura de Santo André.

     

    Ao longo dos últimos 25 anos teve a oportunidade de conviver e apresentar grandes porta-vozes e entrevistar de campeões olímpicos a presidentes da república, compilando esta experiência, atrelada a estudos e análise de pesquisas, nos seus cursos, palestras, treinamentos e artigos.

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